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Leite longa vida aumentou mais de 25%

Só o leite longa vida subiu 25,46% em julho, ao passo em que os preços dos derivados do leite como queijo e manteiga avançaram 5,28% e 5,75%, respectivamente. Segundo o IBGE, a alta do leite e seus derivados se deve ao período de entressafra, que ocorre de março até outubro, e aos custos mais elevados do produtor com fertilizantes e outros insumos.

Não por acaso a alimentação em casa acelerou de 0,63% em junho para 1,47% em julho. Outro destaque foram as frutas, com alta de 4,40% no mês.

De acordo com André Braz, economista e pesquisador do Ibre/FGV, o que mais pressiona o orçamento das famílias mais pobres são os preços dos alimentos, onde não se observa até agora uma desaceleração convincente, mesmo com queda nos preços das commodities como soja, milho e trigo no mercado geral.

— Não podemos falar de redução da inflação quando ela não está acontecendo para as famílias de baixa renda. Os alimentos, que são o grande desafio, estão com inflação real — afirma o economista.

Ainda de acordo com Braz, o efeito da redução do ICMS sobre a energia elétrica não chega tanto para as famílias de menor renda porque quem já consome menos energia paga imposto mais baixo. E, com a inflação disseminada e redução do poder de compra, a conta de luz não deixa de comprometer parte do orçamento das famílias de menor poder aquisitivo.

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2022-08-10T07:00:00.0000000Z

2022-08-10T07:00:00.0000000Z

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