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Procuradores da Lava-Jato condenados

▶ A 2ª Câmara do Tribunal de Contas da União (TCU) determinou ontem que os procuradores da Operação Lava-Jato devolvam aos cofres públicos cerca de R$ 2,8 milhões em gastos com diárias e passagens durante as ações da força-tarefa. Foram condenados o exprocurador-geral da República Rodrigo Janot, responsável por autorizar a criação da Lava-Jato, o ex-coordenador Deltan Dallagnol e o então chefe da Procuradoria da República do Paraná, João Vicente Beraldo Romão.

Ainda cabe recurso à decisão, mas se ela for confirmada em definitivo pela Corte de Contas, Deltan pode se tornar inelegível ainda nas eleições deste ano, segundo especialistas ouvidos pelo EXTRA. O exprocurador é candidato a deputado federal pelo Podemos no Paraná. Em nota, ele disse que vai recorrer.

Segundo disse ao EXTRA o ministro Bruno Dantas, presidente do TCU e relator do caso, que pediu a condenação dos procuradores, o recurso será apreciado pela 2ª Câmara, ou seja, pelos mesmos ministros que já se posicionaram a favor da condenação. Em processos do tipo, a possibilidade de acionar o plenário pedindo revisão é restrita a casos em que há erro no cálculo das contas, fraude em documento usado para embasar a decisão ou novas provas.

No Twitter, Janot ironizou a falta de manifestação dos signatários das cartas defendendo o regime democrático: “Democracia racionada e dirigida a quem interessa”, escreveu. O procurador Romão disse que não vai se manifestar. ▾ ▴

EXTRA

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2022-08-10T07:00:00.0000000Z

2022-08-10T07:00:00.0000000Z

https://extra-globo.pressreader.com/article/281715503390317

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