Extra Digital

Menina é vítima de ataques na escola

Aluna recebeu mensagens ofensivas sobre suas tranças e depois foi retirada de grupo

▶ A menina Ana Victória, de apenas 11 anos, foi vítima de bullying na escola onde estuda, em São João de Meriti, por causa de suas tranças. O caso foi descoberto pela mãe da menina, Camila, que viu mensagens no celular da criança e denunciou, como mostrou ontem o “RJ2”, da TV Globo.

“Vamos cancelar Ana Victória”. Essa foi a primeira mensagem que a mãe da menina leu no grupo de uma rede social que a filha participava só com colegas da escola. O ataque não foi o único daquele dia. Nem mesmo era o começo do bullying contra ela.

Aluna do Centro Educacional Columbia 2000, Ana Victória contou ao “RJ2” que se sente isolada na escola e sofre ataques de vários colegas por conta do seu cabelo: “Fiquei muito triste porque ninguém queria mais falar comigo. Eu sentava no lanche sozinha. Isso me deixava muito triste”.

No início de 2022, Ana venceu um concurso e virou modelo de trança afro. Ela estava orgulhosa e feliz com a conquista. O ano começava cheio de novidades. A menina estava chegando em uma escola nova, depois de fazer uma prova e ganhar uma bolsa de estudos para cursar o sexto ano.

Contudo, o que era alegria virou sofrimento. A mãe da jovem descobriu que a filha sofria bullying no dia do aniversário da criança.

“Eu peguei o celular dela para dar uma olhada, para ver as felicitações no grupo da escola. Abri e eles resolveram cancelar a Ana Victória, contou Camila. “Eu cancelo Ana Victória pelo fato de ela se achar a Rapunzel só porque vai colocar trança, sendo que ela vive do mega hair porque o cabelo dela é pequeno. Ela acha porque é modelo”, dizia uma das mensagens contra a menina.

Após os primeiros ataques de outros alunos, Ana foi excluída do grupo. Em seguida, começou a receber mensagens de áudio em particular.

Segundo Camila, uma funcionária da escola chegou a contar que tinha percebido o isolamento da jovem. De acordo com essa funcionária, ela ficava sozinha no recreio.

A jovem disse que os colegas a chamavam por apelidos ofensivos, sempre pontuando características do seu cabelo. Já sabendo do tamanho do problema, a família pediu ajuda à escola. O Centro Educacional Columbia 2000 publicou em rede social uma nota de repúdio contra a prática de bullying. A escola informou que interveio junto aos envolvidos, apesar de não ter responsabilidade sobre o uso de redes sociais pelos alunos. O caso foi registradona polícia.

MAIS BAIXADA

pt-br

2022-07-07T07:00:00.0000000Z

2022-07-07T07:00:00.0000000Z

https://extra-globo.pressreader.com/article/281981791294044

Infoglobo Conumicacao e Participacoes S.A.