Extra Digital

PEC Eleitoral: tapa na mesa e bate-boca

Confusão marca discussão na Câmara sobre a medida que cria novos benefícios

Eliane Oliveira e Fernanda Trisotto economia@oglobo.com.br

▶ BRASÍLIA - Relator na Câmara da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que concede uma série de benefícios sociais até 31 de dezembro em ano eleitoral, o deputado Danilo Forte (União-CE) afirmou que não tornará as medidas permanentes, ou com prazo maior de vigência. Em entrevista à rádio CBN na manhã de ontem, Forte disse que se optasse por esse caminho estaria praticando uma “irresponsabilidade fiscal”.

Entre outras medidas, a PEC aumenta de R$ 400 para R$ 600 o valor do Auxílio Brasil, dobra o Vale-Gás e cria ajuda mensal de R$ 1 mil para caminhoneiros e um auxílio para taxistas.

Na terça-feira à noite, a sessão da comissão especial que discute a PEC, foi marcada por um bate-boca e confusão entre os deputados, que tentavam adiar a leitura do relatório de Danilo Forte (União-CE). O governo correu para que o relatório fosse lido ontem, de maneira a permitir a votação hoje. Forte fez uma leitura “dinâmica” do texto, enquanto os deputados discutiam à sua frente.

Houve bate-boca entre a presidente do colegiado, Celina Leão (PP-DF), e deputados da oposição. Revoltados porque ela determinou a leitura do parecer enquanto ainda havia líderes inscritos para falar, e já passando das 23h30, eles se levantaram e foram até a mesa, onde desligaram microfones, bateram na mesa e tentaram atrapalhar a leitura do relatório.

Os deputados que se levantaram foram Bohn Gass (PT-RS), Reginaldo Lopes (PT-MG) e Alencar Santana (PT-SP). Quando a confusão acabou, Celina se desculpou, mas também deu uma bronca nos deputados ao afirmar que duvidava que eles teriam a mesma atitude caso a comissão fosse presidida por um homem, e disse que eles jamais fariam isso com o presidente da Casa, Arthur Lira.

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2022-07-07T07:00:00.0000000Z

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