Extra Digital

Feto de aborto legal de criança de 11 anos foi recolhido

▶ FLORIANÓPOLIS - No fim de junho, poucos dias após o aborto legal ter sido realizado com sucesso na menina de 11 anos grávida, em Santa Catarina, o caso, que parecia ter caminhado para um desfecho satisfatório para a família, teve ainda um novo desdobramento. Isso porque a promotora Mirela Dutra Alberton, do Ministério Público de Santa Catarina, conseguiu na Justiça uma autorização para que o feto fosse recolhido por policiais científicos do Instituto Geral de Pesquisas no Hospital Universitário de Florianópolis, para realização de uma perícia encomendada por ela.

O movimento foi o último de Mirela Alberton na trama. No último dia 30 de junho, ela alegou suspeição e pediu para deixar o caso, que corre sob sigilo, com a justificativa de garantir a imparcialidade no decorrer das investigações. O processo que investiga sua conduta no decorrer do caso, no entanto, segue em andamento na Corregedoria-Geral.

O EXTRA apurou com fontes que uma das questões que o MP ainda busca solucionar é em relação à paternidade. Apesar da investigação da delegacia de Tijucas (SC) ter concluído que a menina engravidou de uma outra criança, de 13 anos, que vivia na mesma casa, um teste de DNA busca comprovar ou não de vez a história. O padrasto da menina, com quem ela convive a vida inteira, desde que o pai biológico abandonou a família, chegou a ser suspeito de ter cometido crime contra ela, mas, no bojo da investigação original, teve sua participação descartada pelo delegado Alison Rocha, que conduziu o caso.

Uma outra questão levantada por Mirela, de acordo com uma reportagem publicada ontem pelo The Intercept, é em relação à “causa da morte” do feto — apesar de todo o procedimento realizado ter sido legal.

O PAÍS

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2022-07-07T07:00:00.0000000Z

2022-07-07T07:00:00.0000000Z

https://extra-globo.pressreader.com/article/281818582536796

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