Extra Digital

Molon vira patinho feio em aliança

Ele não subiu ao palanque em evento com Lula nem foi citado por Alckmin, do próprio partido

▶ Em meio à tensão na aliança entre PT e PSB no Rio, o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) participaram de um evento nesta quarta-feira com representantes do samba e do carnaval na quadra da escola Unidos da Tijuca, no Centro. No palco, Lula reuniu sambistas, além da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, do pré-candidato ao governo do Rio Marcelo Freixo e do précandidato ao Senado André Ceciliano (PT). Presidente estadual do PSB e também pré-candidato ao Senado, Alessandro Molon esteve no evento, mas não subiu ao palco. Ele também não foi mencionado no discurso do seu correligionário Alckmin, que cumprimentou nominalmente Freixo e Ceciliano.

Mais cedo, tanto Freixo quando Molon estiveram ao mesmo tempo no hotel onde Lula está hospedado — porém, não chegaram a se encontrar. Enquanto Freixo participou com o PT e lideranças da esquerda fluminense, como Jandira Feghali (PCdoB), de um encontro com reitores de universidades, Molon foi recebido por Geraldo Alckmin para uma conversa que durou cerca de 40 minutos.

Questionado se tratou do impasse sobre sua candidatura ao Senado, Molon confirmou que levou o assunto ao vice de Lula.

— Foi uma ótima conversa, tenho certeza que ele vai ajudar — disse Molon rapidamente na saída do Hotel.

Lula chegou ao Rio no ápice da crise entre o PT e o PSB no estado, por conta da disputa entre Molon e Ceciliano sobre a candidatura ao Senado na chapa do petista e de Freixo.

O PT vem insistindo que não aceita abrir mão da candidatura única de Ceciliano no campo da esquerda, e já chegou a ameaçar se retirar da aliança de Freixo, caso Molon não retire sua candidatura. O pessebista pré-candidato a senador, no entanto, garante que não vai sair da disputa.

No evento na Unidos da Tijuca, que reuniu centenas de nomes do samba, do carnaval e políticos da esquerda fluminense, Lula fez um discurso voltado para o segmento cultural

— Em todos estados que vou, tenho conversado com setor da cultura. Cultura não é bico, biscate. Cultura é arte, emprego, trabalho — disse o petista, completando: — Nós vamos recriar o Ministério da Cultura, que foi destruído nesse país. Vamos criar comitês culturais em cada cidade.

Antes, Alckmin também discursou brevemente defendendo a importância da eleição de Lula.

— A democracia pra ser salva precisa do Lula presidente. O emprego voltar, a educação melhorar, precisa do Lula presidente — disse Alckmin em breve discurso.

O PAÍS

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2022-07-07T07:00:00.0000000Z

2022-07-07T07:00:00.0000000Z

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