Extra Digital

Delegado pede nova prisão de religioso

▶ SÃO PAULO - O padre Gustavo Trindade dos Santos, que atropelou um dependente químico após furto de camisas de moletom de um igreja, no interior de São Paulo, teve a prisão preventiva novamente pedida pelo delegado que investiga o caso, Valdir Alves de Oliveira, mas não foi encontrado pela polícia no endereço informado para prestar depoimento. Os policiais alegam estar tentando contato para convocar o frei a depor, mas ele ainda permanece “sumido”.

No documento encaminhado à justiça, ao qual o EXTRA teve acesso, consta que no endereço no Bairro de Perdizes, na capital de São Paulo, fornecido ao Fórum pelos advogados de defesa do frei no dia 11,o padre “não pôde ser encontrado”. E que a ausência do padre nos esclarecimentos dos autos está causando “pertubação” nas investigações, já que “o investigado está fazendo a equipe policial se deslocar para outra cidade ”.

A prisão de Gustavo não foi decretada à época porque a defesa do padre alegou que ele não fugiria do processo penal, o que foi endossado pelo parecer do Ministério Público. O juiz Pedro de Castro e Sousa então decidiu que Gustavo Trindade poderia responder ao inquérito em liberdade. No despacho, o magistrado considera que ele não oferece risco à ordem pública e não dá sinais de que poderia reincidir no comportamento delituoso.

Na última quarta-feira, em entrevista ao portal IBTV, o advogado de Gustavo, César Augusto Moreira, afirmou que o religioso “agiu como um cidadão de bem” e que o atropelamento da vítima, que teria furtado roupas do bazar da igreja, “é permitido pela lei”. Afirmou ainda que o padre exerceu seu “direito de legítima defesa” quando atropelou a vítima que havia roubado a igreja.

O último boletim médico, divulgado na sexta-feira sobre o estado de saúde de Ângelo Nogueira, de 41 anos, apontou que após realizar uma cirurgia de emergência no fêmur, a vítima precisou ser transferida para a Santa Casa de Ourinhos (SP), onde permanece internada em coma induzido e quadro de infecção, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ângelo respira por aparelhos, e a equipe médica não conseguiu retirar a sedação porque, durante a tentativa, ele apresentou agitação e crise convulsiva.

O PAÍS

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2022-05-17T07:00:00.0000000Z

2022-05-17T07:00:00.0000000Z

https://extra-globo.pressreader.com/article/281706913284685

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