Emoções opostas em BH

Jogadores do Fluminense se revoltam com pênalti marcado em derrota para o Atlético-MG, que já grita ‘é campeão’

▶ BELO HORIZONTE - Aconteceu como se fosse o jogo do título do Brasileirão. De virada, o Atlético-MG venceu o Fluminense, no Mineirão, por 2 a 1, elevou os quase 60 mil presentes à loucura. Embora o time ainda não seja campeão matematicamente, o grito entalado há 50 anos na garganta dos torcedores saiu mesmo assim. Os jogadores entraram no clima e festejaram com o público.

Ser campeão virou uma questão de tempo. A primeira oportunidade pode ser já amanhã: no jogo entre o segundo colocado Flamengo e o Ceará. Basta os rubro-negros não vencerem. Caso contrário, o próprio Galo pode garantir a taça contra o Bahia, quinta, em Salvador.

Com 78 pontos, os mineiros têm 11 a mais que o Fla. A equipe carioca ainda tem 12 para disputar. Ou seja: um ponto (perdido pelos rubronegros ou conquistado pelos atleticanos) confirma o título para Hulk & Cia.

Já o Fluminense, que permanece com 51, é o sétimo. Segue na zona de classificação para a Libertadores. No domingo, visita o Bahia.

Os tricolores até começaram bem. Com marcação dedicada, anularam as investidas do rival e abriram o placar, aos 13, com Manoel.

Mas o time mineiro entrou no que se pode chamar de “modo campeão”, quando tudo dá certo. A virada veio em dois lances pontuais. O primeiro, cercado de polêmica. Aos 36, após intervenção do VAR, a arbitragem marcou pênalti numa bola que resvalou no braço de Marlon. O lateral do Fluminense claramente abriu o braço em decorrência de um encontrão sofrido com Diego Costa.

— É um absurdo conseguirmos trazer a tecnologia para o futebol para ajudar, e ela estar atrapalhando. Continuam os erros dos árbitros — desabafou David Braz.

Alheio a isso, Hulk converteu a cobrança. O próprio atacante faria o da virada ao ter sua cobrança de falta desviada na cabeça de Wellington, aos 14 da etapa final.