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Como descobrir e tratar a diabetes gestacional

Grávida deve fazer o teste de glicemia no primeiro trimestre. É possível prevenir a doença

▶ Mulheres grávidas têm mais risco de desenvolver diabetes. A culpa é dos hormônios produzidos no período, como o lactoplacentário, secretado pela placenta, que favorecem uma resistência do organismo à insulina – hormônio que ajuda as células a usarem o açúcar (glicose) como fonte de energia. As informações são da Agência Einstein.

A placenta, para garantir que essa glicose também chegue ao bebê em formação, favorece a resistência à insulina, fazendo com que o pâncreas da mãe produza mais deste hormônio. Mulheres com sobrepeso ou obesidade e em uma gestação considerada “tardia” devem ficar mais atentas, já que se encaixam em um grupo de risco para a condição.

Para identificar a doença precocemente e manter o controle, as gestantes devem testar a glicemia (açúcar em circulação no sangue) em jejum no primeiro trimestre, e também ao longo do período.

Os valores de referência para as grávidas são diferentes dos tradicionais. No exame da glicemia em jejum, por exemplo, até 92 mg/dL é considerado normal em uma gestante. De 93 mg/dL a 126 mg/dL indica uma possível diabetes gestacional.

Acima de 126 mg/dL, provavelmente a doença se desenvolveu antes do período, segundo a ginecologista Bruna Cavalcante, da Febrasgo, e especialista em reprodução assistida pelo Hospital das Clínicas

de São Paulo:

— Se no primeiro trimestre está acima de 126, já é considerada uma diabete mellitus prévia, que é diferente da gestacional.

Ainda que o primeiro exame tenha apresentado resultados normais, é importante que a gestante avalie novamente na 24ª e na 28ª semana. Nesses casos, recomenda-se o teste de tolerância oral à glicose, também chamado de curva glicêmica.

A tendência é que, passada a gestação, o diabetes também desapareça, mas uma parte das mulheres pode manter o quadro, segundo explica Andressa Heimbecher, endocrinologista membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e doutora pela USP:

— Nem toda gestante com diabetes gestacional vai se tornar diabética após a gestação, porém 25% nessa condição continuam com intolerância glicêmica. É essencial fazer o acompanhamento no pós-parto.

BEM-VIVER

pt-br

2021-11-29T08:00:00.0000000Z

2021-11-29T08:00:00.0000000Z

https://extra-globo.pressreader.com/article/282050510340294

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