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Brasil chega ao Mundial com candidatos a pódio

Marcelo Antonio Ferreira marcelo.nascimento@oglobo.com.br

Motivada pelas três medalhas olímpicas recentes, a seleção brasileira calça as luvas a partir de hoje no Mundial de boxe masculino, em Belgrado (Sérvia), que reúne 650 pugilistas de 104 países. O Brasil terá dez nomes, três com experiência em Tóquio: Abner Teixeira, bronze nos 91kg; Keno Marley, eliminado nas quartas; e Wanderson Oliveira, favorito ao ouro. Hebert Conceição, campeão olímpico, não viajou para tratar lesão.

A seleção que embarcou para a Servia tem o padrão da última Olimpíada: grupo jovem com alguma experiência internacional e que ainda tem condições de encarar mais um ou dois ciclos olímpicos. Apesar das boas expectativas, a equipe chega antenada na possível suspensão do esporte do programa olímpico.

Uma investigação divulgada no início do mês chegou à conclusão de que houve corrupção nas lutas da Rio-2016 e sinais do mesmo em Londres-2012. O canadense Richard McLaren, especialista em legislação esportiva e responsável pelo relatório, apurou

Paris-2024 Investigação sobre corrupção em lutas da Rio-2016 pode tirar esporte da Olimpíada

que 11 combates no Rio foram manipulados. Ele ainda definiu os bastidores da Associação Internacional de Boxe (Aiba) como um espaço dominado por uma “cultura de medo, intimidação e obediência”.

No mês passado, Christophe De Kepper, diretor-geral do Comitê Olímpico Internacional (COI), já havia explicitado a ameaça de corte do boxe da Olimpíada caso a Aiba não realizasse reformas necessárias — a entidade já abriu eleições para presidência e diretoria, o que é a ponta do iceberg.

Com o principal torneio fora dos Jogos Olímpicos ocorrendo em meia à polêmica, a Aiba implantou duas novidades neste Mundial. A primeira é a remuneração em dinheiro, algo inédito na competição: US$ 100 mil pela medalha de ouro, US$ 50 mil pela prata e US$ 25 mil pelo bronze.

Além disso, foram colocadas de lado as tradicionais luvas vermelhas e azuis. A partir de agora, todos utilizarão as brancas, para “simbolizar um novo começo, justiça e transparência” nos eventos de boxe, segundo o presidente da Aiba, Umar Kremlev.

BOXE

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2021-10-24T07:00:00.0000000Z

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