Extra Digital

Mais um alerta

GILMAR FERREIRA gilmar@extra.inf.br

Sálvio Espíndola, comentarista de arbitragem do “Sportv”, disse à “Rádio Globo” na noite de sexta-feira que a CBF deveria dar um passo atrás na utilização do árbitro de vídeo. Um recuo que lhe permitiria rever seu protocolo e reavaliar tudo que foi feito nestes últimos três anos. Numa boa. Sob o risco de ridicularizar de uma vez por todas uma ferramenta introduzida no futebol com o intuito de trazer justiça e valorizar o jogo como espetáculo em todos os seus aspectos — do lúdico ao comercial.

Vejam bem: não cabe aqui analisar ou discutir as atuações de Sálvio em seus anos de arbitragem, muito embora não encontre nada que a desabone. E quando um conselho como este sai da boca de alguém que até bem pouco tempo corria pelos gramados brasileiros com o apito na boca é porque a coisa é muito mais séria e grave do que se imagina. Porque Sálvio está inserido no universo das arbitragens, com contato próximo e constante aos mais antigos árbitros.

Depois das conversas que tive na última quinta-feira com treinadores, auxiliares e preparadores, concluí que a falta de critério na utilização da ferramenta está incomodando aqueles que passaram mais de uma década arbitrando os lances sem a interferência externa. Bem ou mal, assumiam os riscos de suas decisões. E agora são chamados aos monitores por árbitros sem a vivência de campo, questionando marcações interpretativas. Está cada vez mais claro que existe certo descontentamento entre os profissionais do apito. E o alerta do ponderado Sálvio reforça o temor de ver a CBF desmoralizar o olhar eletrônico. A Comissão de Arbitragem chefiada por Leonardo Gaciba precisa entra em cena.

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PELÉ ETERNO Mineiro de Três Corações, nascido há 81 anos num 23 de outubro provavelmente mais ameno do que este sábado, Pelé tornou-se divindade logo na adolescência. E não precisamos aqui falar de seus feitos, enaltecer seus belos gols ou enriquecer a história que ele escreveu com os pés e a bola. Porque pouco há para acrescentar aos escritos, senão a poesia, o reconhecimento e a gratidão por tudo que ele fez no século passado para mostrar que o futebol é a arte que une, e não a paixão que segrega. Outros craques surgiram e surgirão com talento e números para serem cultuados e adorados pelos admiradores. Mas sempre que duas ou mais pessoas estiverem reunidas para mensurar seus feitos, Pelé estará presente. Vida longa ao Rei. E que os dias, as semanas, os meses e os anos que o separam da passagem para o plano espiritual sejam eternos como sua existência em nossos corações.

JOGO EXTRA

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2021-10-24T07:00:00.0000000Z

2021-10-24T07:00:00.0000000Z

https://extra-globo.pressreader.com/article/282196539158347

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