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Governo erra e quer pagar com RPV

Embora a lei que regulamenta o auxílio emergencial determine que as mães chefes de família têm direito à cota dobrada do benefício, desde a primeira etapa de pagamento, Maria Diniz Silva, de Santa Cruz, recebe apenas o valor menor liberado a outros trabalhadores.

— Sem trabalho, é difícil viver com R$ 150. E, com o fim do auxílio emergencial, será um caos, com muitas pessoas na linha da pobreza. Depois de anos e anos, chegamos nesse ponto em que para comer está difícil. Tudo caro! Carne não se vê mais no prato do brasileiro. O ovo, que era barato, agora custa o que custava a carne de segunda — critica Maria, que entrou na Justiça para receber as cotas a que teria direito, e o governo não pagou.

— O juiz deu a sentença favorável em 30 de maio passado, e estou lutando para receber R$ 7.317,09 de atrasados, porque a União quer me pagar por RPV (Requisição de Pequeno Valor) — conta Maria, que testou positivo para Covid-19.

No dia 11, a Defensoria Pública da União, que está com o caso de Maria, fez uma petição para incluir no processo o laudo médico de Covid-19. A ideia é fazer com que o governo pague logo a dívida que tem com ela:

— É humilhante e vergonhoso depender desse auxílio e ter que lutar por uma coisa a que tive direito desde o início.

DESCASO

Mãe tem direito ao auxílio dobrado, mas recebe valor simples

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2021-10-24T07:00:00.0000000Z

2021-10-24T07:00:00.0000000Z

https://extra-globo.pressreader.com/article/282063395172171

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