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Estratégia para driblar gastos

Com a inflação atingindo praticamente todos os produtos e serviços, em alguma medida, os consumidores estão fazendo as contas para tentar driblar a mordida da alta dos preços. Entre as estratégias estão reduzir o consumo de produtos, substituir itens e marcas, renegociar contratos de telefone e internet, entre outros. A tarefa não é fácil, já que o aumento generalizado atinge em cheio o bolso dos brasileiros mais pobres, sendo que os preços de itens básicos são os que mais sobem proporcionalmente.

Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), explica que são necessárias estratégias drásticas para combater essa inflação, e mesmo assim serão sentidos os reflexos nas contas (confira abaixo dicas de economia).

— Os reajustes geralmente são mensais, mas os aumentos dos preços são sentidos diariamente, sendo necessária atenção a cada item comprado. É preciso reavaliar cada ato de consumo — alerta Domingos.

A bióloga Mariana Vieira da Silva, de 43 anos, tem sentido o peso dessa alta generalizada dos preços. A compra do mês virou semanal e, mesmo assim, só para repor os itens que faltam na dispensa.

AVALIAÇÃO É preciso atenção a cada ato de consumo para reduzir os efeitos da inflação

— Cada mês compro coisas diferentes. Em alguns meses uso mais um produto que o outro, só vou ao supermercado comprar o que está faltando. Não compro mais para estocar — conta Mariana.

Ela diz que não deixou de comer como antes, mas que não compra mais grandes quantidades e tem buscado economizar.

— Vou ao mercado mais vezes no mês para aproveitar promoções. Além disso, mudei o sacolão, agora vou ao bairro vizinho que é mais em conta — diz Mariana.

Os gastos com a alimentação da família são os que mais pressionam o orçamento. Mensalmente, o volume de recursos dedicados ao supermercado passa de mil reais. Além disso, com o aumento do botijão de gás, cozinhar e economizar agora são grandes desafios:

— Por mês estou gastando R$ 1.300 com alimentação. O botijão de gás de R$ 70 passou para R$ 90. Acho um absurdo todo essa despesa com alimentação, porque a nossa família só tem três pessoas.

Com todos esses gastos, planos para o futuro e passeios estão sendo adiados.

— Queria juntar dinheiro para viajar — diz Mariana.

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2021-10-24T07:00:00.0000000Z

2021-10-24T07:00:00.0000000Z

https://extra-globo.pressreader.com/article/282003265630027

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