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Pró-reitora: ‘800 horas de acolhimento’

De Campo Grande, Daniele Cristina Melo Avancini é mãe de três filhas, sendo que apenas a mais velha, Raphaela, de 12 anos, aluna do 7º ano do campus Realengo do Pedro II, está sem ir à escola. Uma frequenta uma unidade municipal, e a mais nova é bolsista em uma escola particular. Para que Raphaela estudasse, Daniele complementou o auxílio do colégio, comprando um tablet.

— A gente tira da própria carne para as crianças estudarem — diz Daniele, que hoje vê um abismo educacional entre a filha e outras crianças no 7º ano, algo impensável antes em se tratando do Pedro II: — Em quatro meses, ela teve que completar o 6º ano. Em julho, teve quase um mês de férias. Até dezembro, termina o 7º ano, com poucas horas de aula por dia.

A pró-reitora do Pedro II destaca que, em 2020, os alunos tiveram “800 horas de acolhimento” e diz: uma instrução normativa voltada para a administração pública federal (que trata do trabalho remoto de funcionários com mais de 60 anos, obesos, fumantes e com uma série de doenças), “nos privaria de um número considerável de servidores, inviabilizando nosso retorno presencial”.

Ela nega falta de organização. “Os campi já têm máscaras e álcool em gel”, diz, concluindo: “Sem alijar ninguém do processo, retornaremos em 2022, quando teremos condições sanitárias mais favoráveis”.

CIDADE

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2021-10-24T07:00:00.0000000Z

2021-10-24T07:00:00.0000000Z

https://extra-globo.pressreader.com/article/281685438050123

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