Extra Digital

Com crises de pânico

No último ano do ensino médio, João Lucas Alves dos Santos, de 18 anos, morador da Praça Seca e estudante do campus Humaitá, tomou uma decisão difícil: ser reprovado.

— Não vou entregar atividades nem fazer a prova final. Vou repetir porque, se eu sair do Pedro II, que é uma boa escola, não vou ter base para o Enem. E não tenho recursos para pagar cursinho no ano que vem — conta.

João Lucas, que quer cursar História ou Economia, precisou de tratamento psicológico para crises de pânico provocadas pela pressão do ensino remoto, em meio a constantes tiroteios: — Minha internet não é das melhores, mas há alunos que nem internet têm.

Pais e alunos favoráveis à retomada lideram abaixo-assinado com mil nomes. Por e-mail, a pró-reitora de Ensino do Pedro II, Eliana Myra, disse que, para ajudar alunos em vulnerabilidade, em 2020 foi distribuído o estoque de merenda. Também foram repassadas três parcelas de R$ 400. E lhes foi oferecido auxílio para aquisição de tablet ou celular, pacotes de dados e chips. Segundo os alunos, o “auxílio-tablet” foi de R$ 600; para internet, estão sendo pagas quatro parcelas de R$ 125.

CIDADE

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2021-10-24T07:00:00.0000000Z

2021-10-24T07:00:00.0000000Z

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