‘Tinha medo da minha integridade’
Funcionária da CBF fala ao ‘Fantástico’ sobre os episódios de assédio sexual e moral cometido por Rogério Caboclo
A funcionária da CBF que fez a denúncia inicial contra Rogério Caboclo por assédio sexual e moral (outras fizeram em seguida) falou pela primeira vez. Em entrevista ao “Fantástico”, da TV Globo, contou como o então presidente da entidade a tratava. Ela revelou que a relação abusiva com o patrão a fez entrar em depressão.
— A minha depressão chegou a um nível que pensei: “Eu vou morrer". Aquela sensação de não conseguir respirar, de não conseguir viver a minha vida. Pensei: “Preciso fazer alguma coisa”. Entre os muitos episódios de assédio, Caboclo a chamou de “cadelinha” e ofereceu um biscoito para cachorro:
— Ele mandou carro na porta da minha casa. O carro dele, para ficar me vigiando. Eu tinha medo da minha integridade física — revela a funcionária, que considerou a pergunta sobre se ela se masturbava como a gota d’água
A comissão de ética da CBF considerou que não houve assédio moral e sexual. Mas, sim, conduta inapropriada (resultado que levou a defesa da funcionária a entrar com recurso). Caboclo foi afastado por 15 meses da entidade. A decisão precisa ser ratificada pela assembleia geral, formada pelas federações estaduais, em votação a ser marcada.
Em nota ao “Fantástico”, Caboclo nega ter cometido qualquer tipo de assédio (“o que foi provado perante a comissão de
Ela revelou ainda que entrou em depressão antes de fazer a denúncia
ética"). Ele ainda afirma que já se desculpou com a funcionária, repreendeu o motorista que a visitou e que a iniciativa de um acordo para não haver denúncia partiu de uma terceira pessoa.
JOGO EXTRA
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2021-09-20T07:00:00.0000000Z
2021-09-20T07:00:00.0000000Z
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