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Força contra a esclerose múltipla

Estudo diz que atividades dão mais equilíbrio e mobilidade e aliviam sintomas da doença

O treinamento físico pode melhorar r a força muscular, a aptidão cardiorrespiratória, o equilíbrio, a fadiga, a capacidade funcional, a mobilidade e a qualidade de vida de pessoas com esclerose múltipla leve à moderada. É o que revela uma pesquisa da organização Exercício e Ciências do Esporte da Austrália (Essa), que produziu um documento de recomendações. As informações são da Agência Einstein.

Entretanto, segundo a entidade, ainda não há evidências de benefício desse programa de atividades físicas para os estágios graves da esclerose múltipla, doença neurodegenerativa crônica do sistema nervoso central.

Os pesquisadores envolvidos no estudo sugerem que os exercícios aeróbicos e de fortalecimento dos principais músculos afetados pela esclerose múltipla sejam realizados de duas a três vezes por semana, em intensidade moderada, por pelo menos 30 minutos. Nesse formato, o treino é capaz de aliviar os sintomas característicos da doença, segundo os estudiosos.

Eles recomendam que esse protocolo seja reforçado com exercícios de equilíbrio, sobretudo para pessoas com

Atividades podem ser feitas de duas a três vezes por semana, por pelo menos 30 minutos

histórico de quedas frequentes. As diretrizes foram publicadas no periódico australiano Journal of Science and Medicine in Sport.

Por afetar o sistema nervoso central, a esclerose múltipla costuma deixar os pacientes menos ativos, o que aumenta o risco de outras doenças, como as cardíacas e o diabetes tipo 2. Por isso, o programa de treinos deve ser prescrito e ministrado por profissionais qualificados, a fim de ajustar as complicações de cada um.

— A reabilitação deve ser focada nas queixas e necessidades individualizadas, assim como a frequência, a periodicidade e a intensidade, sempre respeitando o limiar de fadiga — alerta Juliana Aparecida Rhein Telles, fisioterapeuta afiliada à Associação Brasileira de Esclerose

Múltipla (Abem).

Ainda de acordo com a fisioterapeuta, a prática de exercícios pode trazer benefícios em qualquer estágio da doença. Porém, a reabilitação precoce é primordial para a manutenção da qualidade de vida.

BEM-VIVER

pt-br

2021-09-20T07:00:00.0000000Z

2021-09-20T07:00:00.0000000Z

https://extra-globo.pressreader.com/article/282265258568217

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