Com 14º reajuste, gás de cozinha se aproxima de R$ 100

O aumento de 5,9% no preço médio do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), autorizado pela Petrobras, entrou em vigor ontem. A 14º alta em um ano pesa no bolso dos consumidores. Levantamento feito pelo EXTRA, em revendedoras das Zonas Norte e Oeste do Rio e na Baixada Fluminense, mostra que o delivery do botijão (13kg) podia chegar a R$ 92. O valor era cobrado, ainda sem o reajuste, por uma empresa no Anil, em Jacarepaguá, que tinha previsão de repassar a alta ontem mesmo.

Para a aposentada Marilza Bittencourt, de 70 anos, o preço do gás de cozinha está “um absurdo”. Da última vez que comprou, no fim de maio, conseguiu pagar R$ 80 pelo butijão, após pedir um desconto.

— Como sou cliente há muito tempo, chorei e fizeram o preço antigo para mim. Mas já estava custando R$ 85. Acho caríssimo. Aqui eu cozinho apenas pra duas a três pessoas, e o botijão dura cerca de dois meses, economizando, pois não faço comida todo dia e esquento a sobra no microondas. Imagina para quem tem mais componentes na família e precisa cozinhar mais: botijão acaba em um mês. Enquanto isso, ninguém fala em aumento de salário — critica Marilza. — Normalmente, as áreas que têm menos recurso utilizam botijão de gás — lembrou.