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Covaxin foi o mais caro imunizante adquirido

O governo Bolsonaro comprou a vacina indiana Covaxin a R$ 80,70 por dose, o quádruplo da AstraZeneca. O imunizante da Índia foi o mai caro adquirido pelo país, de acordo com o Tribunal de Contas da União. A representante da fabricante no Brasil, a Precisa, alvo de inquéritos do Ministério Público Federal, teria lucrado com a transação, avaliada em R$ 1,6 bilhão para fornecer 20 milhões doses.

A CPI da Covid planeja apurar os detalhes do negócio. Um dos focos nas próximas semanas será entender por que o Ministério da Saúde não contratou diretamente a fabricante da vacina indiana Covaxin, seguindo o padrão das demais negociações com laboratórios internacionais. Senadores querem entender por que o governo optou por fechar negócio com uma empresa intermediária, a Precisa, cujo prazo de entrega e preço eram maiores que os ofertados pelo Instituto Butantan e pela Pfizer.

O acordo assinado pelo governo com a Precisa também é alvo de inquérito no MPF. O valor de R$ 1,6 bilhão ainda não foi desembolsado, e as 20 milhões de doses contratadas ainda não chegaram ao Brasil.

A Precisa afirma que as doses estão à disposição do Brasil. O Ministério da Saúde afirmou que a Anvisa exige que o fornecedor tenha estabelecimento em território nacional e que a Precisa é representante do laboratório Bharat Biotech aqui. A importação, diz a pasta, depente de ajustes na documentação para licença junto à Anvisa.

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2021-06-15T07:00:00.0000000Z

2021-06-15T07:00:00.0000000Z

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