Extra Digital

Governador: ‘Quem dera fosse só tirar uma cabeça’

Arthur Leal arthur.leal@oglobo.com.br

Na apresentação de um novo programa de segurança no estado, o Bairro Seguro, em evento no Quartel-General da PM, o governador Cláudio Castro comentou, ontem, sobre os próximos passos das investigações contra a narcomilícia de Wellington da Silva Braga, o Ecko. Sobre reportagem publicada no EXTRA ontem, mostrando que entre 2015 e 2019 pelo menos 15 lotes de munição pertencentes à PM foram apreendidos com os milicianos, o governador disse que há um trabalho de inteligência para chegar a policiais possivelmente aliados à quadrilha:

— Essa e outras investigações estão seguindo o curso natural, e, com certeza, nós vamos pegar em breve quem fez isso e dar a punição necessária.

Questionado se a morte de Ecko seria suficiente para uma diminuição nos crimes cometidos pela quadrilha, o governador descartou essa possibilidade e disse que “ainda não foi o fim dessa luta”. Segundo Castro, a polícia bloqueou mais de R$ 1,5 bilhão da quadrilha desde outubro.

— Com certeza não é suficiente. A força-tarefa que vem desde outubro trabalhando nisso já prendeu quase 700 milicianos. Bloqueamos entre dinheiro e bens mais de R$ 1,5 bilhão desta milícia, de pessoas físicas e jurídicas, e a investigação continua. Tem muito trabalho a ser feito. Quem dera fosse só tirar uma cabeça para desmontar tudo. Na prática, a gente sabe que não é bem assim que funciona. Foi um marco importante, mas não foi, com certeza, o fim dessa luta que nós temos — acrescentou.

POLÍCIA GUERRA DO RIO

pt-br

2021-06-15T07:00:00.0000000Z

2021-06-15T07:00:00.0000000Z

https://extra-globo.pressreader.com/article/281655373023109

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