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Secretário promete prisões até de policiais

Rafael Nascimento de Souza rafael.souza@extra.inf.br

O secretário de Polícia Civil, o delegado Allan Turnowski afirmou ontem ao EXTRA que investigadores vão prender agentes do estado que atuavam na proteção de Ecko. Segundo ele, todos os contatos que estão num celular encontrado na casa em que o miliciano foi morto vêm sendo checados.

De acordo com Turnowski, a criação de uma força-tarefa para combate às milícias do estado foi fundamental para a localização de Ecko. Ele disse que não tinha o temor de um vazamento da operação.

— Com a força-tarefa, foi possível o estado entrar em duas vertentes, a fiscalização do dinheiro da milícia e a prisão de vários de seus integrantes. Eu acreditava que pegaríamos Ecko e posso dizer que vamos capturar outros. Não existe bandido que a Polícia Civil não vá buscar. Não há exceção e não haverá — afirmou o secretário. — Eu não temia um vazamento. Os 21 policiais da operação eram de equipes que já estavam trabalhando sob total sigilo, formavam um grupo seleto. Não era todo mundo de suas delegacias que sabia do trabalho.

Segundo Turnowski, um fator que também foi determinante para a descoberta do local onde Ecko estava foi um planejamento estrutural:

— Aqui, do comando, enxergávamos algumas pessoas e delegacias que tinham investigações contra ele. Em um determinado momento, percebi que uma unidade poderia atrapalhar outra. Eu pedi aos subsecretários Rodrigo Oliveira (de Planejamento e Integração Operacional) e Fernando Antônio Paes de Andrade (de Inteligência) que unissem esse pessoal, porque cada um tinha um peça do quebra-cabeça e, do jeito que estava, eles poderiam se atrapalhar em algum momento. Muitos estavam tentando a captura, mas o fechamento das investigações

Grupo de 21 agentes trabalhava sob sigilo e Turnowski não temia risco de vazamentos

era impossível.

O secretário revelou que a casa na qual Ecko foi encontrado era monitorada há um mês e meio.

— Não poderíamos errar, não poderíamos ir à casa quando ele não estivesse lá. Usamos vários equipamentos de inteligência para ter a certeza que Ecko apareceria. Quando fizemos a prisão, pedi para filmarem tudo, até mesmo ele baleado, para dar transparência. O objetivo era que todos entendessem que, se ele não agisse, não reagiríamos. Ele escolheu a morte.

POLÍCIA GUERRA DO RIO

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2021-06-15T07:00:00.0000000Z

2021-06-15T07:00:00.0000000Z

https://extra-globo.pressreader.com/article/281646783088517

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