Extra Digital

O arsenal de Ecko

Cadernos apreendidos pela polícia na casa onde Wellington da Silva Braga, o Ecko, foi encontrado, em Paciência, revelam um arsenal a serviço do terror. As anotações mostram parte da distribuição de 137 armas da quadrilha e citam os nomes de outros bandidos de 29 regiões. Moradores da Zona Oeste relatam que grupo rival já começou a invadir o território que era dominado pelo miliciano.

Cadernos de contabilidade apreendidos na casa onde Ecko foi encontrado mostram que ele emprestou 137 armas para bandidos de diversas regiões do estado. Em 61 páginas, são mencionados 98 fuzis AR-15, seis de calibre 7,62 e um paraFAL, além de 32 pistolas, carregadores e munição. Os registros citam nomes de vários criminosos e pelo menos 29 pontos da capital e da Baixada Fluminense.

Em cada folha, anotações detalham a divisão do armamento por áreas. Numa delas, há a palavra “Caroba” no topo — referência à comunidade da Carobinha, em Campo Grande. À região, são atribuídos oito fuzis AR-15 , dezenas de carregadores e 740 balas. Para a localidade Santa Maria, foram destinados quatro AR-15 e 22 carregadores. Quatro AR-15, uma pistola e cem balas de calibre 5,56 estariam em Campinho.

— As apreensões mostram a quantidade de fuzis que ele tinha e seu poderio bélico em diversos bairros do Rio e da Baixada. Identificamos que Ecko emprestou um verdadeiro arsenal — disse Willian Pena Júnior, delegado titular da Draco.

Todo o material está sendo analisado pela Polícia Civil do Rio. Ecko foi rendido numa operação que mobilizou 21 agentes. Na versão oficial, ele tentou fugir e foi baleado durante um confronto. Numa viatura, a caminho do hospital, o miliciano quis pegar a arma de um agente e acabou sendo morto.

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2021-06-15T07:00:00.0000000Z

2021-06-15T07:00:00.0000000Z

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