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BRASÍLIA -

Bela Megale bela@bsb.oglobo.com.br

Desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), Ney Bello revogou a última determinação de prisão domiciliar que restava contra o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Com isso, o ex-deputado, que hoje cumpre prisão em sua casa no Rio de Janeiro, será colocado em liberdade. A medida se referia à Operação Sepsis, que corre na Justiça do Distrito Federal.

“Ocorre que, passado mais de um ano de sua prisão domiciliar, constato não haver mais necessidade de manutenção de sua prisão domiciliar, notadamente, pelo tempo em que a medida constritiva foi determinada, em razão de não se ter notícia do descumprimento das obrigações impostas, e, também, pela demora em se marcar o julgamento da apelação já interposta em favor do requerente”, justificou o desembargador.

Na semana passada, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) já havia revogado outra prisão preventiva contra o ex-deputado na LavaJato do Paraná. Na decisão, a 8ª Turma determinou que ele deixasse de usar tornozeleira eletrônica, mas manteva a proibição de sair do Brasil.

O ex-presidente da Câmara está preso desde outubro de 2016 e cumpre prisão domiciliar desde março do ano passado.

— A prisão domiciliar é uma medida substitutiva da prisão preventiva e que somente pode viger enquanto presentes os requisitos legais, o que não era mais o caso. Não havia mais qualquer motivo para manutenção de uma prisão preventiva que era abusiva, desproporcional e sem fundamento legal. Acertada, portanto, a decisão do TRF-1 que restabelece a liberdade de Eduardo Cunha — disse Aury Lopes Jr, que atua como um dos advogados do ex-deputado.

O PAÍS

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2021-05-07T07:00:00.0000000Z

2021-05-07T07:00:00.0000000Z

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