Professores e policiais saem da fila da vacina

► A Prefeitura do Rio anunciou que a partir de hoje está suspensa a vacinação contra Covid-19 para profissionais da educação, segurança pública, motoristas e cobradores de ônibus, motoristas de transporte escolar e funcionários de serviços de limpeza urbana. A suspensão ocorre após uma liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Nesta segunda-feira, o ministro Ricardo Lewandoswki, do STF, suspendeu uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) que antecipou a vacinação de policiais e professores no estado. Com isso, fica restabelecida a ordem original dos grupos prioritários estipulada pelo Ministério da Saúde, que prevê, por exemplo, que pessoas com comorbidades sejam imunizadas antes destas categorias profissionais. A decisão é liminar. Lewandoswki ainda fará uma análise mais aprofundada da questão, quando poderá rever o seu entendimento.

A suspensão foi feita após a Secretaria municipal de Saúde receber um ofício do Ministério Público sobre a decisão do STF. Segundo o município, o calendário seguirá contemplando os seguintes grupos prioritários previstos na 6ª edição do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19: a partir dos 18 anos, gestantes e puérperas com comorbidades, pessoas com síndrome de down e doentes renais crônicos dependentes de diálise; e seguindo o escalonamento etário (hoje, quem tem 51 anos será vacinado pela manhã e 50 à tarde), pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente, trabalhadores da saúde, guardas municipais envolvidos diretamente nas ações de combate à pandemia e de vigilância das medidas de distanciamento social.

Profissionais das categorias retiradas da campanha pela decisão do STF que já tenham sido vacinados continuam tendo direito de receber a segunda dose dentro do prazo estabelecido pelo fabricante, que é de até 28 dias no caso da CoronaVac e de três meses para as da AstraZeneca e da Pfizer, as três que estão em uso atualmente no Brasil.