Jairinho e mãe de Henry são denunciados pela morte
Promotor aponta tortura e homicídio triplamente qualificado
Paolla Serra paolla.serra@infoglobo.com.br
Ministério Público pediu à Justiça que o vereador e Monique Medeiros respondam por homicídio triplamente qualificado e tortura.
► O Ministério Público estadual (MP) denunciou à Justiça o vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), e sua namorada Monique Medeiros por tortura qualificada e homicídio triplamente qualificado do filho dela, Henry Borel, de 4 anos. O casal foi denunciado também por coação e fraude processual. O MP pediu também à Justiça que Monique responda por falsidade ideológica. Henry foi morto no dia 8 de março no apartamento em que a família morava, na Barra.
O promotor Marcos Kac pediu à juíza Elizabeth Machado Louro, titular do II Tribunal do Júri, a conversão da prisão temporária do casal em preventiva, alegando que os dois cometeram coação de testemunhas e fraude processual. A medida, segundo ele, é necessária para “assegurar os interesses sociais de segurança”. Jairinho foi denunciado três vezes por tortura, por suposto envolvimento em três episódios de violência contra o menino. Já a mãe de Henry foi denunciada pelo mesmo crime duas vezes. Para o MP, ela se omitiu diante das agressões.
Na denúncia de 15 páginas, o promotor diz que Jairinho “decidiu ceifar a vida da vítima por acreditar que a criança atrapalhava a relação dele” com Monique. O menino não teve “a menor chance de escapar dos golpes que lhe eram desferidos, diante de sua tenra idade e da superioridade de força com que foi surpreendido pelas inopinadas agressões” do vereador. O parlamentar teria infligido “à pequena vítima intenso sofrimento físico, tendo em vista as múltiplas lesões que lhe foram causadas, revelando, desta forma, uma brutalidade fora do comum e em contraste com o mais elementar sentimento de piedade”.
O promotor também considerou que a professora omitiu-se “de sua responsabilidade, concorrendo eficazmente para a consumação do crime de homicídio de seu filho, uma vez que, sendo conhecedora das agressões que o menor de idade sofria do padrasto e estando ainda presente no local e dia dos fatos, nada fez para evitá-las ou afastá-lo do nefasto convívio” com seu namorado.
PRIMEIRA PÁGINA
pt-br
2021-05-07T07:00:00.0000000Z
2021-05-07T07:00:00.0000000Z
https://extra-globo.pressreader.com/article/281479279287132
Infoglobo Conumicacao e Participacoes S.A.