Diniz blinda jovens antes do clássico

Técnico elogia dedicação em fase de transição e tenta evitar que ambiente se contamine com pressão externa

Diogo Dantas diogo.dantas@extra.inf.br

2023-11-20T08:00:00.0000000Z

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JOGO | EXTRA

Às vésperas do clássico com a ▶ Argentina, no Maracanã, o técnico Fernando Diniz reuniu os jogadores da seleção e blindou o grupo, sobretudo os mais jovens, diante de muitas críticas pelo início ruim do Brasil nas Eliminatórias à Copa do Mundo de 2026. Na avaliação do treinador e de sua comissão, os atletas têm correspondido, em sua maioria, aos conceitos que são trabalhados e colocados em prática nos jogos, embora os resultados ainda não apareçam. Prestes a fazer sua última partidas pelas Eliminatórias antes do fim do contrato com a CBF, no meio de 2024, Fernando Diniz coloca em cena o seu lado mais elogiado, que é o de não deixar que o exterior contamine o ambiente de suas equipes. Na seleção, o desafio passa por apresentar esse discurso aos jogadores sem a vivência no dia a dia, mas a aceitação é boa. Segundo informações, Fernando Diniz tem procurado passar ao grupo retornos sobre o que acontece na partida, dizendo que os jogadores convocados estão fiéis aos seus conceitos, e que há satisfação com a maioria por entender que esse é um processo que está no início e requer um esforço de adaptação de todos. Não à toa esses termos têm sido vistos nas entrevistas dos jogadores, desde os mais jovens. Endrick, de 17 anos, revelou ontem uma conversa com o técnico que dá o tom do trabalho extracampo que é feito para tirar a pressão em meio a um trabalho novo e com pouco tempo para ser implementado. — O Fernando Diniz é um excelente treinador. Estava com receio de treinar, de fazer as coisas, e ele falou para eu ser feliz, driblar... Isso tirou um peso das minhas costas. Achava que tinha que chegar mais leve, sem querer fazer muitas coisas. Agora estou mais tranquilo. Espero que ele possa dar muito orgulho à nossa seleção ainda — afirmou o atacante do Palmeiras. Nas conversas com Endrick e os demais, Diniz busca trazer todos para dentro dessa realidade transitória, sem abrir mão de uma de suas principais filosofias, de que o futebol precisa ser jogado com alegria e solidariedade. Mesmo que no Maracanã diante da Argentina de Messi. Quando foi perguntado sobre o astro argentino, Endrick, mais uma vez, mostrou-se leve e natural. — Para mim, o Messi é um grande jogador, mas eu sou mais fã do Cristiano Ronaldo. A gente sempre brincava no videogame — contou. O atacante, porém, não poupou elogios ao argentino, adversário de amanhã. — Messi é um cara fenomenal — completou. Para amanhã, sem Vini Jr, Gabriel Jesus deverá ser titular no ataque da seleção.

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