Lazer no rooftop chega ao segmento popular

Modelo leva sofisticação aos empreendimentos, oferece vista livre do entorno e garante mais privacidade aos frequentadores

2023-11-19T08:00:00.0000000Z

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Aárea de lazer no topo dos edifícios está nos condomínios de alto padrão, restaurantes e hotéis e, de uns tempos para cá, chegou também aos empreendimentos do segmento econômico. Conhecido como rooftop, os terraços estão sendo usados como espaço para piscina, churrasqueira, quadras poliesportivas, brinquedotecas e outros itens. Lá do alto dos prédios, os moradores têm vistas privilegiadas e sensação de mais privacidade. A CTV Construtora pretende lançar ainda neste ano um empreendimento em Campinho, na Zona Norte, com 108 unidades distribuídas em duas torres. Em uma delas, ficará no terraço de 630 metros quadrados a área de lazer do projeto, com piscina, quadra, sauna, academia, sala de repouso e salões de festas e de jogos. As vagas de garagem ficarão no térreo. A ideia não é nova na empresa. O Star Irajá, lançado no ano passado, enquadrado no Minha Casa, Minha Vida, e o Match Residencial, na Vila da Penha, já têm esse conceito. O projeto de Campinho também será vendido pelas regras do MCMV, afirma Bruno Camargo, gerente Comercial da CTV. — O lazer no rooftop leva mais sofisticação ao empreendimento. Além da vista indevassada, ajuda a reduzir o desconforto causado por barulho de festas e de movimento na piscina e em outros espaços comuns — afirma. O critério para colocar o lazer no rooftop depende, segundo ele, do tamanho do terreno e da disponibilidade de renda da região em que o projeto será implementado. Na Zona Norte, em áreas de até três mil metros quadrados, o modelo tem mais chance de ser adotado. Em geral, os custos da obra de empreendimentos com lazer no terraço tendem a ser mais elevados. — A construtora acaba gastando mais em estrutura para adotar esse modelo. É mais barato colocar a área de lazer no térreo, mas, dependendo do local, o investimento vale a pena. Mas o valor das unidades aumenta para compensar esse custo a mais — diz Camargo. A decisão de levar o lazer para o topo dos prédios reduz ainda a oferta de coberturas no empreendimento. Isso aconteceu no Mode Freguesia Residencial, da MR2, lançado em outubro. O projeto será composto por um bloco com 70 unidades e preços que variam de R$ 400 mil a R$ 1,1 milhão. Cerca de 65% do terraço de 500 metros quadrados será utilizado para receber piscina, quadra, espaço gourmet, churrasqueira e academia, e o restante abrigará seis coberturas duplex — oito cederam espaço para a área de lazer. Para o CEO da construtora, Marco Túlio, a opção vale a pena. — Desde 2008, levamos o lazer para o topo dos prédios, somos pioneiros nisso. A área fica mais exclusiva e agradável, com boa ventilação e sem sombra para quem quer aproveitar a piscina. O empreendimento fica com charme de hotel, onde o lazer no terraço é mais comum, e conseguimos otimizar melhor os espaços. Na Freguesia, por exemplo, oferecemos uma vaga de garagem para cada unidade — conta Túlio. O Only by Living, no Cachambi, é o primeiro projeto da construtora no Rio de Janeiro a levar o lazer para a cobertura. A marca faz parte do grupo RJZ Cyrela, que tem lançado o modelo em diversos projetos de alto padrão. A escolha, segundo Thays Góes, gerente de Produto da Living e da Vivaz, traz desafios de construção e arquitetônicos, custo e aprovação nos órgãos públicos, mas é importante para se destacar de outros empreendimentos. — É um investimento relevante que precisa estar alinhado com a viabilidade do projeto. Mas o lazer no rooftop, além de exclusivo, pois está em poucos empreendimentos, proporciona vistas incríveis aos moradores — destaca Thays.

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