Os sete criminosos mais procurados do Rio
Investigados por participação em guerras de tráfico e milícias, eles somam 74 ordens de prisão
2023-11-19T08:00:00.0000000Z
2023-11-19T08:00:00.0000000Z
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POLÍCIA
▶ Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) revelam que, entre janeiro e setembro de 2023, foram registrados 1.607 homicídios na Região Metropolitana do Rio, contra 1.456 no mesmo período de 2022, um aumento de 10% no índice. Boa parte dos crimes ocorreu em áreas com disputas de territórios envolvendo traficantes e milicianos ou quadrilhas de bandidos rivais. Sete nomes são investigados por policiais de diferentes unidades por suspeita de participação nas guerras. Todos são considerados foragidos. Juntos, eles somam 74 mandados de prisão expedidos pelo Tribunal de Justiça do Rio. Quem lidera o ranking do crime envolvendo disputas territoriais é o traficante Edgar Alves de Andrade, o Doca ou Urso. Integrantes da cúpula da maior facção criminosa do Rio, Doca controla o comércio de drogas no Complexo da Penha e, segundo a polícia, é um dos responsáveis por ordenar a tomada de algumas comunidades na área da Praça Seca, ainda controladas por milicianos (a favela da Chacrinha, por exemplo). Em nome do bandido, há 21 mandados de prisão. Em 2º lugar, aparece Thiago da Silva Folly, o TH da Maré, que pertence a uma facção rival à de Doca. TH é investigado por suspeita de ser um dos responsáveis por um treinamento de guerra ministrado a traficantes na Vila dos Pinheiros. Imagens dos bandidos em treinamento, feitas pela polícia, foram exibidas em setembro, pelo “Fantástico”, da TV Globo. Por conta disto, forças de segurança realizaram operações no conjunto de favelas da Maré. TH tem em seu nome 15 prisões preventivas decretadas. Empatados em 3º no ranking, aparecem o traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, e o miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho. Ambos têm em seus nomes nove prisões decretadas pelas Justiça. Peixão é um dos chefes do seu bando. Ele controla o tráfico em algumas comunidades de Duque de Caxias e Nova Iguaçu, na Baixada. Com seu “quartel-general” em Parada de Lucas, na Zona Norte do Rio, é acusado de ordenar invasão em áreas rivais. Ele criou o Complexo de Israel, ao anexar a venda ilegal de drogas de Lucas às comunidades de Vigário Geral e Cidade Alta. Em seu reduto, o criminoso, que diz ser evangélico, proibiu terreiros e celebrações de matriz africana. Já Zinho chefia a maior milícia da Zona Oeste e é um dos responsáveis pela disputa de territórios entre milicianos e traficantes na região, onde o paramilitar Alan Ribeiro Soares, o Nanãn, rival de Zinho, foi morto em 3 de novembro.
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