Um roteiro pelo ‘lado B’ do Sana
No entorno do Caminho da Mata Atlântica, um turismo diferente e mais sustentável
Camila Araujo camila.pinto@edglobo.com.br
▶ O Sana, em Macaé, já é um destino turístico do Norte Fluminense conhecido por quem busca sossego em meio à natureza. O que nem todo mundo sabe é que por lá passa o Caminho da Mata Atlântica, a trilha de longa distância que cruza o estado do Rio e vai até o Rio Grande do Sul, colecionando roteiros naturais e culturais fora do circuito convencional. De cachoeira escondida a espetáculo circense, é no entorno dessa trilha que vários atrativos poucos explorados incrementam o turismo local.
— A gente quer trazer outro olhar sobre o Sana, que vá além do circuito das cachoeiras mais famosas e do Peito do Pombo, pontos turísticos mais visitados. Existem iniciativas incríveis aqui e que todo mundo merece conhecer — explica Isabelle Esnarriaga, turismóloga que está mapeando pequenos empreendedores da região em parceria com o Caminho da Mata Atlântica e apoio da Fundação Sociocasa Ambiental.
A experiência pode começar pelo Centro do Arraial do Sana, com o clássico bolinho de aipim da praça, mas depois, é hora de fugir do óbvio. Tem café moído na hora e uma tapioca “raiz” de nutella com framboesa do pé, no Eden Café, um dos estabelecimentos parceiros do Caminho da Mata Atlântica, logo após o centrinho. Dali, o visitante pode desfrutar do circuito das águas ou ir até a Cachoeira das Andorinhas. Na saída do São Bento, em direção ao centro do Sana, é possível visitar as cachoeiras da Fervedeira e da Boa Sorte, menos conhecidas na região.
Nessa proposta, a casa da administradora Júlia Righi, de 42 anos, que era apenas um camping, virou ponto de cultura, onde ela reúne viajantes, trilheiros e artistas. Tem exposição e feira de artesanato, oficina de instrumentos, aulão de forró e shows.
— Há 20 anos, montei o camping, e há dois anos fazemos um palco aberto para apresentações artísticas — conta Júlia.
E todo sábado tem espetáculo no picadeiro do circo Quintal do Mundo, no quintal do palhaço Fabiano Freitas, de 50 anos, que mora no Sana há 17.
— A gente está aqui para qualificar a folga das pessoas que vêm para o Sana. É um programa para a família inteira. Até na cachoeira já teve apresentação — diz Fabiano.
CIDADE
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2023-11-19T08:00:00.0000000Z
2023-11-19T08:00:00.0000000Z
https://extra-globo.pressreader.com/article/281646784875413
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