Só em 30 dias polícia só dirá se calor causou a morte de jovem

▶ Com um laudo de necropsia inconclusivo e a solicitação da perícia por novos exame, a Polícia Civil só poderá determinar em até 30 dias se a estudante Ana Clara Benevides, de 23 anos, morreu vítima de calor excessivo dentro do Estádio Nilton Santos na sexta-feira quando assistia o show de Taylor Swift. De acordo com a delegada Juliana Almeida, titular da 24ª DP (Piedade), a jovem sofreu três paradas cardiorrespiratórias e uma hemorragia no pulmão, mas que ainda é prematuro afirmar a causa desses problemas. — O laudo de necropsia não foi conclusivo, e o perito solicitou exames complementares de toxicologia e histopatologia. Apesar de o laudo indicar que a hemorragia no pulmão pode ser um caso de insolação, ainda não é conclusivo. É prematuro afirmar que ela morreu por causa do calor. Outras causas não estão descartadas. O que sabemos é que ela teve três paradas cardiorrespiratórias e veio a óbito. Só em até 30 dias saberemos se ela morreu devido ao calor — explicou Juliana. A delegada ouviu os depoimentos de José Weiny Machado, pai de Ana Clara, e da amiga que estava com a jovem quando ela começou a passar mal durante o show — Segundo o pai, ela era um jovem que não tinha doenças preexistente, e ele também não tinha o conhecimento de que ela tomava medicamentos. Temos que aguardar os resultados desses exames para definir a causa de morte. Somente então será possível dizer se existe responsabilização penal ou não e se alguém da produção do show vai responder culposamente. Existe uma responsabilidade civil, mas penal ainda não sabemos porque não sabemos o motivo da morte de Ana Clara — completou O velório da estudante acontecerá hoje à tarde na Câmara de Vereadores de Sonora (MS), e o enterro será amanhã na cidade de Pedro Gomes (MS). Ana Clara estudava psicologia e morava em Rondonópolis, em Mato Grosso.